Depositamos nos outros a expectativa de nos fazerem felizes, depositamos a realização dos nossos sonhos, dos nossos anseios, das nossas vontades, e sofremos um golpe que dói e dói muito quando todos esses não acontecem. Hipocrisia dizer que não sentimos ao sermos rejeitados, menosprezados, desrespeitados, mesmo que seja em pequenas atitudes, sofremos e sofremos muito, machuca, dilacera, nos corrói, fácil superar, muito difícil, mas possível e necessário.
A decepção nos ensina a não criarmos expectativa, a não produzirmos esperança baseadas nas reações alheias, a dor nos ensina que tudo se transforma, inclusive a própria dor, um dia você sente, sofre, no outro fica indiferente aquilo tudo e percebe que é capaz de superar, de recomeçar. Ás vezes é preciso se permitir, porque muitas vezes é melhor o amargo da decepção, que o insosso gosto do "e se". A decepção não foi feita para o bloqueio, porque muitas vezes vamos nos bloqueando com cada tapa da vida que levamos, e paramos de sentir, de aprender de viver. Decepção serve para aprendizado, para transformação, para evolução, a rasteira machuca, mas a reerguida pode ser triunfante, tudo vai depender do como você irá lidar após a queda.
Não crie expectativas para ter o dissabor da frustração, mas se como bom ser humano que você é acontecer de criá-las, não se sinta culpado por isto, o trouxa nunca é quem se permite viver, quem se permite sentir, o trouxa será sempre aquele que não é verdadeiro, seja com os outros ou principalmente consigo mesmo.
(Carina Silva)
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