Procura-se
um passado: um passado onde as conversas eram olho no olho, onde as
brincadeiras de criança eram corre-corre, esconde-esconde, fazer bolinha de
sabão, casinha, escolinha, você via as ruas cheias, as nossas mães chamavam a
gente do portão, ninguém tinha tablet, celular de última geração, a atenção era
toda voltada para os amigos, e por que será que tínhamos tantos amigos? E
quando perguntavam o que queríamos ser a resposta era: médico, professor,
veterinário... Como sentíamos orgulho dessas profissões.
Procura-se
aquele passado que dançar lenta com uma garota era a maior conquista de um
rapaz, que rock tinha um fundo social e político e não era confundido com
música Emo, que sertanejo falava da natureza, e não era um funk disfarçado com
viola, e que as novelas falavam de amor de verdade e não a tanta inversão de
valores.
Procura-se
o tempo que os rebeldes tinham causa que os jovens sabiam de política e sabiam
cantar o hino nacional. Procura-se o tempo em que éramos humanos, e nos
tratávamos como humanos, onde os androides eram menos importantes que as nossas
famílias. O tempo que todos jantavam na mesma mesa e assistiam juntos
televisão...
Se
alguém encontrar, por favor, me avise, estou perdida num tempo, em que o tempo
não tem mais valor: e sim é dinheiro!
(Carina Silva)
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