Sem fronteiras, traduza aqui! Translate here!

segunda-feira, 15 de setembro de 2014

LIMEIRA: MEUS PARABÉNS CONTANDO UM POUCO DO QUE A CIDADE FOI E É PARA MIM

Vou fazer uma homenagem de um jeito um pouco diferente não vou falar de como surgiu a cidade, o porquê do nome, nem nada, porque isso já é um tanto trivial, quero contar qual o significado de Limeira na minha vida, e como eu como jovem limeirense enxerguei e enxergo ela nesses 27 anos de vida que tenho vivendo aqui.

Na minha infância eu não tinha o que reclamar de Limeira, na minha época o Zoológico funcionava muito bem, tinha o Horto Florestal, tinhas os parques e circos que vinham pra cidade, tinha os showmícios da vida, tinha a FACIL que eu era fascinada por aquele evento, o Rodeio era um dos mais conceituados, e eu tinha uma infância que se podia chamar de infância, com as brincadeiras de criança, tinha o convívio dos meus amados avós, eh saudade, nessa época eu tinha orgulho de Limeira e fazia as homenagens pra cidade nas redações de escola, nos trabalhos e por aí vai...
E aí chega a adolescência, e eu que sempre fui agitada, já me sentia um tanto diferente da minha geração, era uma insatisfeita em morar aqui, dizia que quando me formasse queria me mudar de Limeira, se possível São Paulo, porque achava que aquela loucura era o que combinava comigo, aquela mistura de negócios, balada, lugar que se encontrava tudo que precisasse, que tinha cultura, e nessa época até a entrada dos vinte eu vivia na Limeira considerada uma fazenda iluminada, vi várias boates fecharem desde a Weekend, Next, Bombatta, La Lune, First, Pale Beer, The Club, Touch, e tantas outras, fora os bares, e aquela fama que em Limeira nada ia, aquilo me indignava, uma cidade que não tinha um parque, não tinha uma balada pra se divertir, não tinha uma universidade estadual, e avenidas? Nem avenidas tínhamos direito, e por falar em avenida quem já não teve a época de andar de cima para baixo na avenida Rio Claro com aqueles carros todos parados com som, que era a grande diversão do fim de semana...Ahhh era demais pra minha cabeça aquelas cenas, aquela falta de esperança.
Foi então que de fato eu me mudei, fui morar em Curitiba a trabalho, a cidade que tinha tudo, tudo que Limeira não tinha lá tinha, em termos de estrutura de fato seria incomparável mesmo porque Curitiba é uma grande capital, mas mesmo tendo tudo isso pra mim faltava o principal: o calor humano, aquela sensação de me sentir em casa, aquilo que só notei quando estava lá, o jeitinho de falar tudo no diminutivo que nós do interior temos o hábito e nem percebemos.
Ah toda vez que pegava a Anhanguera ou a Bandeirantes pra sair de Limeira meu coração apertava, e cada vez mais eu sentia falta do lugar que não dava o menor valor, lembro que ao passar dos meses quando eu via a placa de Limeira na volta de Curitiba, meu Deus que felicidade, parecia que Limeira era o melhor lugar do mundo, e de fato eu começava a descobrir que Limeira deveria ser o melhor lugar do meu mundo, pois aqui moram as pessoas que mais amo na vida, minha família, meus amigos, aqui que conheci meus grandes professores, aqui que por onde passo as pessoas me conhecem, ah e quando eu voltava de Curitiba um dos lugares que eu tinha que primeiro ir era no tão querido e sobrevivente Bar da Montanha, pra me sentir em casa, chegava lá e me sentia parte do ambiente, as pessoas me conheciam, como isso faz diferença, aqui que iniciei minha história.
Hoje fico muito feliz porque agora tem uma UNICAMP, e ainda está vindo o curso de Medicina, agora tem várias avenidas, e isso pra quem dirige bastante sabe que faz uma diferença, hoje tem mais de dois bares pra se frequentar, e graças a Deus estão sobrevivendo, tem mais restaurantes diversificados, tem o Parque da Cidade cheio de eventos culturais, e temos um polo industrial muito bom, é claro que por causa do meu jeito ainda há coisas que não batem com a minha personalidade como essa mania provinciana das pessoas só te conhecerem pelo sobrenome, e isso aqui ainda fazer tanta diferença, gostaria que aqui tivéssemos uma mente mais aberta, não ficássemos apenas no nosso mundinho, que déssemos mais valor para a diversidade cultural e social, mas sei que como eu vi muita coisa já se modificando, sei que a cidade está em crescimento, está evoluindo.
Mesmo algumas vezes insatisfeita, aprendi que devo sempre ser eternamente grata a essa cidade, por tudo que já disse, e porque também ajudo a construir parte dessa história, e ainda quero ser um dos limeirenses que possam ser referencia para outros limeirenses.

Que Deus abençoe cada vez mais nossa cidade, e que assim como o pé de laranja lima, Limeira continue dando bons frutos!

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Se a vontade bater em sua porta comente!