Sempre tive receio do que é em excesso, sabe aquela desconfiança que é como um sexto sentido que te fala que tudo que é exagerado é porque tem algo errado?
Não gosto de nada em excesso, gosto das coisas na medida, daquilo que se constrói, daquilo que é gradativo, não falo de coisas mornas falo de coisas consistentes que não voltam.
Da amizade que cresce com o tempo, do amor que se revela nas pequenas atitudes, de uma carreira sólida, de uma família construída sobre um bom alicerce, todas as situações e sentimentos que se constroem, que com o tempo aumenta, aumenta o amor, o respeito, a admiração.
Um "eu te amo" banalizado, dito por dizer, declarações excessivas, amizade que precisa o tempo todo ser provada, tudo isso para mim não passa de coisa realmente passageira que qualquer vento leva, que qualquer desentendimento se vai, quando as coisas são dosadas, são regadas aos poucos e sem cobranças não é qualquer situação que se desmanche.
Perceba a sua volta os amigos que passaram de 5 anos como surgiu as amizades e como elas se mantém, foram todas construídas, vividas, os relacionamentos amorosos que duraram geralmente todos foram sendo construídos, lapidados. Com o tempo você vai evitando tudo que vem demais, você prefere o que é simples mas que fica, você se lembra de que de fato tudo, exatamente tudo que está em excesso faz mal, não dizem que até água causa isso? Até risada, que em excesso como cantou Frejat é desespero.
Tem uma fase da vida que nem nas roupas que você usa você quer mais exageros, você passa a gostar de cores lisas, não gosta mais de coisas justas demais, saltos exagerados, nem de roupas tão chamativas, você aprende a dosar nas roupas, nos modos, e nas relações, e percebe que muitas vezes na vida o que é menos pode virar muito mais.
O que excede em um lado descompensa outro, esteja no equilíbrio, seja inteiro não excessivo!
(Carina Silva)
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