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segunda-feira, 8 de junho de 2015

PARA LIBERDADE DE EXPRESSÃO NÃO HÁ EXCLUSIVIDADES

Esses dias um amigo me encontrou e me disse que sou feminista pelas coisas que escrevo, e já não é a primeira vez que escuto algo do tipo, ou "você não tem medo de um homem não querer ficar com você, porque você fala tudo que pensa, e os homens não gostam ou tem medo de mulher assim?"
Aí eu penso estamos mesmo no século 21? Quem me conhece mesmo, sabe o quanto sou a favor da igualdade dos sexos, não defendo nem feminismo nem machismo, defendo o respeito ao ser humano e a liberdade de expressão seja ele de que sexo, raça, cor, religião for.

Um homem quando fala o que pensa expõe suas ideias geralmente é visto como intelectual, cara de opinião, de fibra, é admirado, a mulher quando faz o mesmo é vista como a feminista, ou a chata, ou está de TPM, um homem quando se posiciona numa empresa também é admirado, promovido, porque o veem como pulso firme, a mulher se fizer o mesmo é estérica, problemática, tem problema de relacionamento... Que loucura não? E quando ouço alguém me dizer se não tenho medo de escrever por causa de homens, eu me pergunto onde foi que leram que eu escrevo por causa deles? Nunca escrevi para arrumar casamento, namorado, mesmo porque se essa fosse minha intensão escreveria poemas, romances, escreveria carta de amor para os pretendentes, e eu que não ia querer ficar com um homem que tem medo de uma mulher que se expresse.
Se pode chamar de homem uma pessoa que não quer ouvir uma mulher se expressar, que não está disposto a dialogar, a falar sobre a vida, sobre as questões todas que existem? Até quando a humanidade vai enxergar a mulher como uma reprodutora, ou como uma máquina de fazer sexo, comida, e lavar roupas, que não pode falar, pensar, ou discutir ideias?
Não sou feminista, sou feminina, mas defenderei e exercitarei eternamente o direito de me expressar, principalmente em respeito a tantas mulheres que lutaram, morreram, para que um dia eu pudesse fazer isso sem ser enforcada, sem ser acusada, sem ser assassinada, sem ser repreendida, agradecerei eternamente sejam em gestos ou em palavras essas grandes mulheres, inclusive a minha mãe, que me fizeram ter a coragem de expressar o que penso, pague o preço for.
E viva a liberdade de expressão independente do sexo que a emita!

(Carina Silva)

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