Ás vezes é preciso ficar descalço, sentir o chão, tirar o que te aperta, o que te amarra, ás vezes é preciso se despir, despir-se de si mesmo, despir-se dos papéis que lhe são impostos, ás vezes é preciso tirar a maquiagem olhar para quem de verdade você é, se desfazer dos personagens e assumir a sua essência.
Há quanto tempo você não conversa consigo mesmo? Há quanto tempo você não se vê, se enxerga, se ouve, se permite, se omite? Há uma linha tênue entre empatia e viver a vida alheia, há uma linha tênue entre egoísmo, narcisismo, baixa estima e introversão, ás vezes há um abismo entre essas coisas, outras vezes um se esconde no outro. Tem horas que nos preocupamos demais com os outros para não termos o trabalho de conhecer e desvendar a nós mesmos, outras vezes vivemos tão introvertidos para não correr o risco de mostrar nossa verdadeira face, de enfrentar o mundo, as pessoas, as diferenças.
Ás vezes o excesso de amor próprio é uma auto defesa, o medo de se deixar amar e ser amado, confundido em auto confiança, ás vezes o amar demais o próximo é uma sabotagem a si mesmo, talvez o que mais declaramos ser seja uma autoafirmação do que não está bem resolvido em nós, e queremos nos convencer de tudo aquilo que achamos que estamos convencendo quem está por perto.
Quando toda essa confusão estiver rondando você, pare, se dispa dos pés a cabeça, esvazie sua mente, seu coração, e se encha novamente do que faça sentido, tire as amarras das imposições, das dúvidas, das expectativas, dos anseios, e se permita depositar em si mesmo aquilo que faça lhe bem, que lhe faça leve, que lhe faça ser quem você é, afinal quanto mais nos enchemos daquilo que não nos serve menos espaços deixamos para aquilo que realmente deveria ficar!
(Carina Silva)
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Se a vontade bater em sua porta comente!