Sem fronteiras, traduza aqui! Translate here!

sexta-feira, 27 de maio de 2016

O FALCÃO E O CÁLICE

Conta a lenda que certa manhã o guerreiro mongol Gengis Khan e sua corte saíram para caçar.
 
Enquanto seus companheiros levavam flechas e arcos, Gengis Khan carregava seu falcão favorito no braço, que era melhor e mais preciso que qualquer flecha, pois podia subir aos céus e ver tudo aquilo que o ser humano não conseguia enxergar.
 
Entretanto, apesar de todo o entusiasmo do grupo, não conseguiram encontrar nada.
 
Decepcionado, Gengis Khan voltou para seu acampamento. Mas, para não descarregar sua frustração em seus companheiros, separou-se da comitiva e resolveu caminhar sozinho.
 
Tinham permanecido na floresta mais tempo que o esperado e Gengis Khan estava cansado e com sede.
 
Por causa do calor do verão, os riachos estavam secos. Não conseguia encontrar nada para beber até que, enfim, avistou um fio de água descendo de um rochedo à sua frente.
 
Na mesma hora, retirou o falcão do seu braço, pegou o pequeno cálice de prata que sempre carregava consigo, demorou um longo tempo para enchê-lo e, quando estava prestes a levá-lo aos lábios, o falcão levantou voo e arrancou o copo de suas mãos, atirando-o longe.
 
Gengis Khan ficou furioso, mas era seu animal favorito, talvez estivesse também com sede. Apanhou o cálice, limpou a poeira e tornou a enchê-lo. Após outro tanto de tempo, com a sede apertando cada vez mais e com o cálice já pela metade, o falcão de novo atacou-o, derramando o líquido.
 
Gengis Khan adorava seu animal, mas sabia que não podia deixar-se desrespeitar em nenhuma circunstância, já que alguém podia estar assistindo à cena de longe e mais tarde contaria aos seus guerreiros que o grande conquistador era incapaz de domar uma simples ave.
 
Desta vez, tirou a espada da cintura, pegou o cálice, recomeçou a enchê-lo. Manteve um olho na fonte e outro no falcão. Assim que viu ter água suficiente e quando estava pronto para beber, o falcão de novo levantou voo e veio em sua direção. Gengis Khan, em um golpe certeiro, atravessou o seu peito do falcão, matando-o.
 
Retomou o trabalho de encher o cálice. Mas o fio de água havia secado.
 
Decidido a beber de qualquer maneira, subiu o rochedo em busca da fonte. Para sua surpresa, havia realmente uma poça de água e, no meio dela, morta, uma das serpentes mais venenosas da região.
 
Se tivesse bebido a água, já não estaria mais no mundo dos vivos.
 
Gengis Khan voltou ao acampamento com o falcão morto em seus braços.
 
Mandou fazer uma reprodução em ouro da ave e gravou em uma das asas: “Mesmo quando um amigo faz algo que você não gosta, ele continua sendo seu amigo”.
 
Na outra asa: “Qualquer ação motivada pela fúria é uma ação condenada ao fracasso”.
 
Nem sempre o que parece ser, realmente é.


Trazendo essa parábola para o mundo dos negócios, pense você quantas vezes um amigo, um funcionário, um colega de trabalho, um consultor te alerta que determinadas medidas te levarão ao fracasso, e você preocupado mais com o ego e com a reputação não os ouve? Escute-os, e ao invés de tomar uma atitude precipitada, aja com prudência e sabedoria.



Nenhum comentário:

Postar um comentário

Se a vontade bater em sua porta comente!