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terça-feira, 3 de novembro de 2020

A ARTE DE SER MULHER DIANTE DA IMPUNIDADE

2020, 2020, 2020... e a mulher mesmo vítima ainda é culpada, e o dinheiro continua sendo "senhor" de tudo, 2020... quantos milhares de anos mais existirão pra igualdade realmente existir e nem se quer precisar ser discutida por ser algo normal? Quantos pequenos estupros diários milhares de mulheres sofrem no mundo quando precisam se calar quando sofrem assédio em empresas, ou precisam agir como homens pra serem respeitadas, precisam ser rudes, porque se não será que não deu abertura, quantos sonhos interrompidos porque um abusador invadiu não só um corpo, mas a moral, a estima, a dignidade, a fragilidade e a inocência de uma mulher, quantas mulheres extremamente fragilizadas por um infância interrompida por abusos? 

Quantos lugares não frequentados, quantas roupas não pôde usar, quantas noites sem poder sair sem se sentir amedrontada, sem se sentir marginalizadas? Quantas desejos reprimidos, quantos amores, porque não possuem o mesmo direito, não podem falar palavrão, não podem se sentar a vontade, não podem mandar mensagem, não podem fazer sexo na primeira noite, não podem ser autoritárias, não podem isso, nem aquilo, porque não é coisa de mulher,, ou estão de TPM, ou foram mal comidas... não podem pisar fora da linha porque se não deram margem pra um estupro, pra uma cantada, pra um feminicídio...

Forte, mais forte ainda é ser mulher, que diante de tudo, diante de tanta tecnologia, de tanto acesso e informação, ainda parecer viver no tempo que nem direito a ler possuíam, e eram caladas, queimadas quando lutavam por seus direitos... o que fizeram com a Mariana nada difere do que fizeram com Joana D´Arc e com tantas outras mulheres na nossa história,  queimam o corpo, a alma, queimam a liberdade, os sonhos, queimam o prazer de ser mulher, num mundo que ainda nos vê como objetos sexuais, ou como eletrodomésticos, é preciso muita coragem pra peitar e ser mulher.

Carina Silva

@carinamelhoresempre

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