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segunda-feira, 9 de março de 2015

A GRAMÁTICA DA VIDA

Se o sujeito não tiver predicados é melhor não usar nenhum verbo de ação, muito menos de ligação.
Ás vezes é melhor um ponto final do que uma vírgula mal colocada ou sempre ficar nas reticências...
Tem horas que as interrogações são necessárias para refletir sobre a vida, ou as exclamações para enaltecer o que há de melhor nela. Em outras você se sente num paradoxo, fica sem saber o que dizer e aí você não consegue sair das monossílabas.
Ahhh se as regras de separação da vida fossem simples como colocar ou não um hífen...
Se lhe faltar adjetivos busque se aprimorar para não ser um eterno pleonasmo, ou uma onomatopeia ambulante. Muitas vezes você precisará se impor como um acento circunflexo, acentuar como o agudo, e ter concordância na conduta.
Como não da tempo para passar nada a limpo na redação da sua história, tenha introdução, desenvolvimento, conclusão, mas principalmente conteúdo, e escolha se vai deixar sua história ser narrada por alguém, ou você será de fato o autor dela.
Acentue, interrogue, exclame, concorde, pause, pontue, seja transitivo sempre que couber, e intransitivo quando não houver saída, verbalize, converse com todos os pronomes que puder, afinal, na gramática da vida não tem espaço para rascunho.

(Carina Silva)

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