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terça-feira, 29 de setembro de 2015

ESSA ETERNA GANGORRA CHAMADA VIDA

Há exatamente 1 ano estava eu escrevendo sobre a perda de um grande amigo da família, vivi e vi um dia extremamente triste, vi uma família devastada pela dor de uma morte súbita, aquele vazio, aquelas lágrimas, e toda a incompreensão e reflexão que nos dominam em momentos como esse, hoje no mesmo dia um ano depois lembramos dele com carinho, com saudade, lembramos de suas histórias com alegria, e a esposa que ano passado se tornara viúva hoje foi agraciada com a alegria de poder casar em breve seu filho, e passamos um dia a procura de vestidos, tivemos um dia alegre e depois jantamos e com todas essas lembranças pensamos como a vida muda, como pode há um ano termos vivido tanta dor, e um ano depois no mesmo dia vivenciarmos algo tão alegre?!

Talvez ontem você tenha tido um dia maravilhoso, um fim de semana maravilhoso, e de repente algo de ruim acontece e tudo se transforma em ruínas, ou talvez você viveu o contrário, sua vida estava em ruínas, tudo estava um completo vazio, e de repente chega uma notícia boa, uma pessoa especial, uma nova oportunidade e tudo toma um outro sabor...
A vida todo dia nos surpreende, se transforma, um dia alguém te aponta os dedos ou te despreza e logo depois é a mesma pessoa que corre atrás de você, um dia alguém te ama e no outro tudo muda, ás vezes você tem um amigo que acha que passaria a velhice dividindo histórias e de repente algo acontece e tudo aquilo se resume a nada, e outras vezes aquela pessoa que você menos espera se torna alguém que parecia que estava a vida toda com você.
Vivemos de um tudo, um dia achamos que nunca superaremos certas dores, e de repente nem lembramos que elas habitaram nossos corações, um dia nos apaixonamos perdidamente e achamos que vamos viver um conto de fadas e logo tudo desmorona, enquanto vivermos somos sempre surpreendidos pelos amigos, pelos amores, pelo trabalho, por nós mesmos, ou pela própria vida, ás vezes nos iludimos achando que a felicidade dura para sempre, ou que a tristeza nunca vai embora, e nos esquecemos que enquanto vivemos estaremos nessa eterna gangorra de sentimentos, de acontecimentos, de imprevistos, de coisas boas, de coisas ruins.
Venho aprendendo cada vez mais que não é o lado da gangorra que nos faz ser mais ou menos felizes, mas sim aquele movimento que nos equilibra entre o lado alto e o baixo, a dor e a alegria, é a velocidade e o tempo que você se permite ficar em cima ou embaixo que vai nos lapidando diante da vida e como seres humanos.
Afinal enquanto estivermos na gangorra desse vai e vem não estaremos ilesos, só cabe a nós saber brincar da melhor maneira possível!

(Carina Silva)

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