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segunda-feira, 4 de fevereiro de 2019

O QUE TODO MUNDO QUER?

Ando pensando sobre a necessidade que temos de ter alguém pra dividir a vida, as histórias, venho refletindo do porquê que por mais que a gente tente se bastar sozinho é tão difícil, e nessa reflexão toda compreendi que passamos um período de 9 meses, 7 ou 8 para alguns ou até menos nas barrigas de nossas mães, e o quanto já li sobre a criação do hábito, quantos especialistas não dizem que é preciso 21 ou 30 dias consecutivos de uma atividade sendo feita interruptamente para o hábito ser formado, será que não está aí o segredo? 9 meses foram suficientes para criarmos o hábito de nos sentirmos protegidos, seguros, cuidados, afagados, amados...
Em 9 meses sentimos que podia estar o caos que estivesse lá fora que ali dentro estávamos seguros, que nossa mãe poderia passar o que passasse que nosso alimento viria, nosso sono estaria garantido, e que a gente poderia dividir com ela tudo, e não é isso que no fundo no fundo buscamos? Estar com alguém que nos dê a sensação de estarmos protegidos, seguros, amados, alguém que cuide, alguém que o mundo pode estar desabando mas que quando está junto parece que o tempo para?

Observo muito as pessoas, e inclusive a mim mesma, e não importa a opção sexual, não importa a conta bancária, a idade, o sexo, esse anseio é o mesmo, não importa se são dependentes ou independentes, não importa suas profissões, todo mundo quer alguém pra dividir as histórias, todo mundo quer alguém que você possa ser você mesmo, que vai gostar de você mesmo com todos seus defeitos, alguém que vai dividir mesmo quando o mundo pede pra subtrair.
E no fim de tudo eu presumo que o amor materno é na verdade o amor universal, o amor de verdade, incondicional, aquele que a gente busca em todos os sentidos da vida, e Deus na sua infinita sabedoria nos deu ele assim que nascemos para nunca nos esquecermos que é esse amor que merecemos, que esse amor é possível, que é esse zelo, esse carinho, e esse cuidado ao qual merecermos ser tratados, e também o qual devemos nos espelhar.
Fácil encontrá-lo? Não, mas possível, que a gente reconheça no outro essa capacidade genuína de amar, e que a gente nunca se esqueça que esse amor um dia a gente conheceu, sentiu, e viveu, e que menos que isso não é amor, é conveniência.

(Carina Silva)

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