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segunda-feira, 11 de fevereiro de 2019

REALMENTE PARA REFLETIR

Ah que 2019 estranho, cheio de imprevistos, adversidades, situações as quais nos sentimos impotentes, em tão pouco tempo tragédias de repercussão nacional, aquela sensação que todo mundo fica: meu Deus será que para por aqui, ou vai ter mais, se começou assim o que virá pela frente?! Eu com a minha velha e ainda acho boa mania tenho o hábito de refletir sobre tudo, de vagar os pensamentos por essas questões e tentar tirar lição de tudo isso, mesmo que esteja ligado diretamente ou não a minha vida.
E quais as lições que ficam diante desses fatos? Fica a lição de que essa vida é realmente passageira, que a gente controla muita coisa, mas não controlamos o tempo, o vento, as tempestades, a lama, mas que como bons cidadãos podemos fazer nossa parte pra diminuir todo esse efeito estufa, sendo mais conscientes, mais corretos ambientalmente, respeitando mais a mãe desse lugar, e aí quem sabe menos pessoas morrem em desastres naturais. Como cidadã fica a lição de não sermos omissos nos lugares onde passamos, a gente deve se importar com as leis de segurança, de vigilância, e fazer algo tão pouco feito no Brasil a prevenção e predição das coisas, sempre estamos trabalhando no efeito, é preciso meninos morrerem pra ser feito como se deve o trabalho de investigação, pra uma empresa ser autuada, quantas mais centenas de pessoas precisam ir lama abaixo pra cobrarmos medidas cabíveis dessas empresas irresponsáveis, quantas comunidades precisam ser devastadas pra prefeitura, o governo cuidar de verdade de seus moradores, e entender que eles fazem parte de um abismo social criado por toda corrupção que culmina nessa desigualdade?!

Como ser humano fica a lição de que hoje é o irmão, a mãe, o filho, o sobrinho, a namorada, o marido, o amigo de alguém distante que foi levado por essas tragédias, um repórter querido que caiu de um helicóptero, mas que podia ter sido qualquer pessoa perto inclusive eu sem ter dado adeus prévio. Quantas tragédias precisam acontecer para de fato valorizarmos a vida, as pessoas que amamos, e pararmos de achar que estarão lá eternamente, nem sempre teremos tempo de dizer adeus, nem sempre conseguiremos dizer há tempo o quanto o amamos, passamos a vida olhando aquilo que as pessoas não fazem e esquecemos de valorizar tudo que fizeram, vamos mesmo esperar perder pra dar valor? 
Quantas tragédias precisam acontecer para valorizarmos nossa própria vida, pra entendermos que enquanto há respiração há a chance de um novo começo, de um recomeço, de um novo amor, um novo emprego, de não precisar mudar nada mas mudar o olhar por tudo aquilo que possui e pouco valorizou... A vida é agora, a vida nunca será o depois, o efeito, a tragédia, quando isso acontece não há mais o que ser feito, mas quando tudo isso se passa há a oportunidade de fazer diferente para a vida que ainda existe, seja a sua, da sua família, dos seus amigos...
Não deixe pra depois o que pode ser feito hoje, e não espere perder para valorizar, valorizar é um ato de amor, as flores no caixão são apenas resquícios de algo que podia ser feito em vida. Afinal quantas flores você para alguém que estava vivo, e quantas precisou a morte chegar para entregá-las?

(Carina Silva)

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